quarta-feira, 7 de maio de 2014

Anúncio inteligente 'lê' olhos de consumidor em loja



Câmeras identificam o movimento de rostos e olhos
Cientistas da Universidade de Lancaster inventaram um sistema de personalização de anúncios em lojas baseado no movimento dos olhos do cliente.
Chamado de Sideways, o sistema usa um software com câmeras que localiza e identifica o movimento de rostos e olhos, permitindo que monitores de TV troquem anúncios de acordo com os interesses demonstrados pelo cliente na hora de comprar.

Os próprios consumidores também serão capazes de usar os olhos para controlar o conteúdo nas telas, checando itens num lista de produtos.Os responsáveis pelo projeto disseram à BBC que a nova tecnologia poderá ser usada em lojas em até cinco anos.
"Usamos uma câmera instalada perto da tela e não precisamos de nenhum equipamento extra," explica o pesquisador Andreas Bulling.
"O sistema detecta os rostos das pessoas e mostra onde os olhos estão presentando atenção."

14 pessoas ao mesmo tempo

Bulling desenvolveu o projeto com mais dois colegas da Escola de Computação e Comunicações da Universidade de Lancaster.
A maioria dos sistemas de monitoração do olhar existentes até agora eram difíceis de instalar e só podiam ser usados por uma pessoa enquanto o Sideways pode monitorar até 14 pessoas ao mesmo tempo.
Em um vídeo de demonstração, o potencial da tecnologia é mostrado com um comprador examinando capas de álbuns em uma loja de discos.
A chamada "tecnologia do olhar" está virando lugar comum em muitos produtos. A companhia Tobii, apoiada pela IBM, já apresentou protótipos de uma televisão controlada pelos olhos.
Em março, a Samsung lançou o telefone de ponta Galaxy S4, que detecta se o usuário está olhando para o aparelho acompanhando o movimento de seus olhos.
"O monitoramento através do olhar é um assunto quente," disse Bulling. "Espero que a tecnologia esteja disponível em pouco tempo."
A novidade pode ser bem recebida pelos consumidores se ela facilitar a maneira como fazem as compras, mas Bulling advertiu: "Se os consumidores não estiverem cientes de que a nova tecnologia está em funcionamento, questões de privacidade poderão ser levantadas."